Monday, May 23, 2011

Venha reinventar o mundo na Rio +20!

Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental

Venha reinventar o mundo na Rio +20!


O Movimento AMA/RAMA integrante da rede REBEA, articulador do Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20, vem a público socializar informações postadas na REBEA, manifestar seu interesse em atuar, apoiar, participar, fortalecer e apresentar propostas para as ações junto as organizações da sociedade civil e movimentos sociais e populares de todo o Brasil e do mundo, para participar do processo que
ulminará na realização, em junho de 2012, do evento autônomo e plural, provisoriamente denominado Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD). Entre as propostas estão as campanhas PACTO DAS DONAS DE CASA, EMPRESAS E INSTITUIÇÓES PARA COLETA SELETIVA EM APOIO AO CATADOR , como ação proativa para o CONSUMO CONSCIENTE, ADOÇÃO DA CULTURA DOS 7Rs - Racionalizar, Reduzir, Repensar, Recriar, Reaproveitar, Repartir, Revolucionar e DESPERDICIO ZERO = LIXO ZERO = SANEAMENTO DEZ = SAUDE MIL . Todas com agregação em aproveitamento integral do alimentos/segurança alimentar, cultura de prevenção e construção de cadeias produtivas sustentáveis de ponta a ponta, para o comércio justo, inclusão social e bem viver em harmonia com a matriz mãe: Natureza.

Histórico socioambiental mundial

Resgate feito pela REBEA lembra que há vinte anos, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) e o ciclo social de conferências das Nações Unidas que a ela se seguiu, discutiram os problemas globais que afetam a humanidade e pactuaram uma série de propostas para enfrentá-los (as Convenções sobre Mudanças Climáticas, Biodiversidade, Desertificação, a Agenda 21, Carta da Terra, Declaração sobre Florestas, Declaração de Durban, entre outras). Mas aquilo que deveria ter sido o início da reversão das situações de miséria, injustiça social e degradação ambiental frustrou boa parte das esperanças depositadas nesse processo.

Sete bilhões de seres humanos vivem hoje as seqüelas da maior crise capitalista desde a de 1929. Vivem o aumento gigantesco da desigualdade social e da pobreza extrema, com a fome afligindo diretamente um bilhão de pessoas. Presenciam guerras e situações de violência endêmica e o crescimento do racismo e da xenofobia. O sistema de produção e consumo capitalista, representado pelas grandes corporações, mercados financeiros e os governos que asseguram a sua manutenção, produz e aprofunda o aquecimento global e as mudanças climáticas, a perda de biodiversidade, a escassez de água potável, o aumento da desertificação dos solos e da acidificação dos mares, em suma, a mercantilização de todas as dimensões da vida.

Enquanto estamos vivenciando uma crise civilizatória inédita, governos, instituições internacionais, corporações e amplos setores das sociedades nacionais, presos ao imediato e cegos ao futuro, agarram-se a um modelo de economia, governança e valores ultrapassado e paralisante. A economia capitalista, guiada pelo mercado financeiro global, continua apoiada na busca sem limites do lucro, na superexploração do trabalho
- em especial o trabalho de mulheres e dos setores mais vulneráveis –, na queima dos combustíveis fósseis, na predação dos ecossistemas, no desenvolvimento igualado ao crescimento, na produção pela produção – baseada na descartabilidade e no desperdício e sem consideração pela qualidade da existência vivida.

Diante de tal conjuntura, o momento político propiciado pela Rio+20 constitui uma oportunidade única para “reinventar o mundo”, apontando saídas para o perigoso caminho que estamos trilhando. Mas, julgando pela ação dos atores hegemônicos do sistema internacional e pela mediocridade dos acordos internacionais negociados nos últimos anos, suas falsas soluções e a negligência de princípios já acordados na Rio92, entendemos que se não devemos deixar de buscar influenciar sua atuação, tampouco devemos ter ilusões que isso possa relançar um ciclo virtuoso de negociações e compromissos significantes para enfrentar os graves problemas com que se defronta a humanidade e a vida no planeta.

Entendemos que a agenda necessária para uma governança global democrática pressupõe um fim da condição atual de captura corporativa dos espaços multilaterais. Uma mudança somente virá da ação dos mais variados atores sociais: diferentes redes e organizações não governamentais e movimentos sociais de distintas áreas de atuação, incluindo ambientalistas, trabalhadores/as rurais e urbanos, mulheres, juventude, movimentos populares, povos originários, etnias discriminadas, empreendedores da economia solidária, etc. Necessitamos construir um novo paradigma de organização social, econômica e política que – partindo das experiências de lutas reais destes setores e da constatação de que já existem condições materiais e tecnológicas para que novas formas de produção, consumo e organização política sejam estabelecidas – potencializem sua atuação.

A Rio +20 será um importante ponto na trajetória das lutas globais por justiça social e ambiental. Ela se soma ao processo que estamos construindo desde a Rio-92 e, em especial, a partir de Seattle, FSM, Cochabamba e que inclui as lutas por justiça climática para a COP 17 e frente ao G20. Este momento contribuirá para acumularmos forças na resistência e disputa por novos paradigmas baseados na defesa da vida e dos bens comuns . Assim a REBEA no Brasil e o Movimento AMA, no Nordeste, na Bahia, se integra ao grupo e convida a todos e todas para uma primeira atividade preparatória desta Cúpula dos Povos, no dia 2 de julho de 2011, na cidade do Rio de Janeiro para – juntos e juntas – construirmos um processo que culminará em nosso encontro em junho de 2012 e se desdobrará em novas dinâmicas.


Certa de novos caminhos para a pauta de Sustentabilidade na Bahia

Sds harmoniosas
Liliana Peixinho
Movimento AMA - Amigos do Meio Ambiente, integrante da REBEA- Gestora do Comitê Facilitador da Sociedade Civil.

Thursday, April 28, 2011

Bahia aprofunda diálogo entre Ciência e divulgação científica

Por : Liliana Peixinho *



Capa do livro

Publicação aprofunda olhar sobre o papel da Ciência e sua divulgação como instrumento de democratização do saber



A Bahia lança dia 29 de abril, às 18.30 hs, no Auditório da Escola de Administração da UFBA, em Salvador, a publicação “Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica. O livro, parceria entre os pesquisadores Simone Bortoliero, Cristiane Porto e Antonio Brotas, da Facom - Faculdade de Comunicação da UFBA, apresenta proposta de olhar a Ciência e sua divulgação através de um canal de socialização de idéias, identificação de demandas reprimidas na área, para a democratização de informações academicas, laboratoriais e de campo, aprofundando o papel social da Comunicação.

A publicação, cujo titulo completo é “Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas", condensa trabalhos com pautas que vem sendo discutidas em cursos de diversas universidades como a UFBA, onde em 2010 foi iniciada a especialização em Jornalismo Cientifico e Tecnológico, na Facom- Faculdade de Comunicação, coordenado por um dos autores do livro, a professora doutora Simone Bortoliero.

Os três parceiros da obra também atuam no curso de Jornalismo Cientifico da Facom., que apresenta um quadro de professores renomados Brasil afora. Os autores reforçam, em seus artigos científicos contidos na obra, a necessidade de aprofundamento do debate sobre o papel da ciência e os caminhos e desafios para a divulgação do que está sendo produzido, pesquisado, descoberto, para ser socializado e absorvido pelo público como instrumento de poder, de transformação e de formação da cultura científica na Bahia, no pais.

Palestrante e convidados

O linguista Carlos Vogt, coordenador do Labjor -Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo - Unicamp, é convidado especial para a palestra: “ Ciência, Divulgação, Futebol e Bem-estar Cultural”. O professor Vogt foi diretor da Fundação de Amparo à pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Alem dos autores do livro estarão presentes, também, a jornalista Graça Caldas, professora-pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da (UMESP) e atuação destacada em veículos de comunicação nacional como Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e TV Globo. Os alunos do curso da Especialização Jornalismo Científico e Tecnológico da Facom. UFBA, em sua maioria, jornalistas, estarão na platéia para o debate com os especialistas da mesa.

SERVIÇO

Lançamento livro: “Diálogos entre Ciência e Divulgação Científica: leituras contemporâneas"
Data - “Data: 29 de abril
Horário – 18.30:
Local: Auditório da Escola de Administração da UFBA- . Campus do Vale do Canela – Salvador- BA
Contatos: (71) 9984-2956 / 9984-2956 / 9984-2956 ou 31762299 / 88525301


* Liliana Peixinho – Jornalista DRT 1.430 - Aluna colaboradora da Agencia de Notícias do Curso de Jornalismo Científico e Tecnológico - Facom - UFBa
lilianapeixinho@yahoo.com.br 71 - 9938-0159

Tuesday, March 08, 2011

PROTAGONISMO FEMININO E RETROCESSOS SOCIAIS

Por : Liliana Peixinho *


A força interna da mulher canaliza energias que passam pelo cérebro, na razão do cuidado; vai para os músculos, na emergência em fazer tarefas, enfrentar desafios e persiste, insiste, diante do incansável, perene e obstinado desejo de cuidar, proteger, superar-se, a cada nosso desafio. Performances que às vezes, no drible ao tempo, deixam marcas, cicatrizes expostas, dores, sofrimento, perdas irrecuperáveis. Entre a satisfação dessas superações e a dor do não compartilhamento de tarefas amenas, como o amor e cuidado com a educação, orientação dos pais, aos filhos, no lar ou fora dele, fica a incerteza do futuro que estamos a desenhar para as novas gerações. Estamos, a cada novo dia, aumentando o percentual de mulheres que, sozinhas, são responsáveis pelo provimento das despesas da casa. No Norte e Nordeste do Brasil isso é mais agravante porque o número de filhos é maior e as oportunidades de trabalho bem menores que em outras regiões .

A luta da mulher pela conquista de espaço, reconhecimento, direitos e inserção social acompanha o próprio desenvolvimento humano. Muito se conquistou, com certeza, com sangue, suor e lágrimas. O papel multifacetado da mulher é reconhecido pela mídia, movimentos sociais, coletivos profissionais, pela própria instituição familiar que estão a destacar a luta da mulher como pessoa, ser humano, mãe, trabalhadora, tia, avó, amante, esposa, amiga, confidente, e os mais diversos e infinitos papéis que ela sempre esteve, está e estará fadada a desempenhar na construção de novas civilizações. Socializar essa discussão com ações cotidianas, focar desafios e mudanças para uma Economia circular, cidadã, sustentável é uma nova pauta na velha luta pela preservação da Vida.

Se as conquistas femininas por um lado nos enobrece, aumenta a nossa auto-estima, nos honra e nos orgulha. paradoxalmente estar a nos entristecer, fazer pensar, repensar, ponderar, porque essas conquistas deveriam nos fazer mais felizes, menos estressadas, mais harmoniosas e menos exploradas. E isso não está acontecendo proporcionalmente às nossas conquistas históricas. Ainda somos minoria no parlamento, ainda ganhamos muito menos que os homens, fazendo as mesmas funções, temos jornadas múltiplas, com acúmulo de tarefas, ainda não nos reconhecemos para nos elegermos para defender o nosso próprio protagonismo na luta por direitos. E isso é um contrasenso indignante.

É inegável o reconhecimento da participação feminina nos mais diversos ambientes de produção. A mulher se destaca como produtora do conhecimento, difusora de informações, gestora de conflitos, executora de ações verdadeiramente sustentáveis dentro das Cadeias Produtivas, de ponta a ponta, seja no lar, no trabalho, na escola, na família, na comunidade, na política, na economia. Enfim, o olhar, o fazer, o cuidado feminino, é instrumento revolucionário para a construção do novo paradigma do equilíbrio entre as necessidades de consumo e a preservação de matrizes energéticas limpas.

Guerreiras do Brasil e mundo afora que estão na luta pela conquista de novos degraus, no mais alto grau da representação política de um país, Marina, Dilma, Ana, Tereza, são oportunidades que nós, mulheres e/ou homens com sensibilidade feminina, temos agora, para reconhecermos, de fato, esse protagonismo feminino histórico. É importante nos apoderarmos de informações claras e diversas para analisarmos causas do desperdício de direitos, valores e projetos da sociedade, saber contextualizar a crise estrutural do capitalismo, desenhar e perseguir uma nova visão integrada, holístíca, multifacetada, atenta a necessidades de cumprimento de todas as etapas para a formação de cadeias produtivas alinhadas às novas mudanças de um planeta sedento de cuidados para garantirmos a Vida.

Planejamento, atitude, luta, aplicação de políticas para o desenvolvimento humano sustentável, com eqüidade, justiça social e equilíbrio ambiental, são fases importantes para qualquer ação no presente e garantia do futuro. Precisamos colocar em prática atitudes de mudança no consumo em nome da preservação da vida. Visito faculdades, empresas e instituições que têm projetos ditos “sustentáveis”, mas que não passam das idéias. O desafio é a garantia da vida com qualidade, prazer, alegria, desejo de querer fazer não porque alguém
nos manda, ordena, impõe, mas porque sabemos ser necessário, importante no papel de cada um, em casa, no trabalho, na escola, no lazer.
Oportunidades que estão diretamente linkadas com a necessidade de mudança de comportamento para uma agenda doméstica sustentável, com novas atitudes sobre Consumo Consciente, Comércio Justo, Produto Limpo, Desperdício Zero, Cultura dos RRRRRR – Repensar, Racionalizar, Reduzir, Reaproveitar, Recriar, Reinventar, Reciclar, Revolucionar, através da participação social proativa, voltada para uma Economia Circular, sem desperdícios, com aproveitamento integral, total, de tudo, com resíduos na perspectiva do zero.

Mais do que entender os efeitos negativos provocados pelo Aquecimento Global e as grandes catástrofes verificadas nos últimos anos, está faltando ao Ser Humano entender, interiorizar, absorver, no coração, alma e cérebro, que a felicidade em Ser pode estar na busca do encontro com o outro. E para caminhar nessa direção precisamos enfrentar, ainda mais, novos obstáculos, abrir mão de comportamentos egoístas, imediatistas, superficiais e meramente repetitivos, convencionais, para transgredir, subverter e quebrar regras milenares em nome da dinâmica natural das leis do Universo, com renovação, invenção, criatividade, compromisso e prazer em fazer.

Liliana Peixinho - Jornalista, ativista socioambiental. Fundadora dos Movimentos Livres AMA/ RAMA – Amigos do Meio Ambiente e Rede de Articulação e Mobilização Ambiental Pós graduada em Mídia e Meio Ambiente. www.amigodomeioambiente.com.br lilianapeixinho@gmail.com 71 – 9938--0159