Tuesday, December 09, 2014

Artigos Publicados - Antigos

ARTIGOS
Um novo artigo a cada semana www.amigodomeioambiente.com.br
Liliana Peixinho - Jornalista, Articulista, Correspondente na Bahia do Jornal Folha do Meio Ambiente, coordenadora da AMA- Amigos do Meio Ambiente e da RAMA - Rede de  Articulação e Mobilização  Ambiental. Contato ou e-mail para liliana@amigodomeioambiente.com.brlilianapeixinho@yahoo.com.br ; fone 71–9958-6899. 
 
Riqueza devastada (08/09/06)
Bola Verde (28/06/06) 
Meio ambiente e música (23/05/06)
O gasoduto e as reservas naturais (16/05/06)  
Racionalizar, reutilizar, reciclar (09/05/06) 
O petróleo e os recursos naturais (02/05/06) 
Moradia e degradação ( 25/04/06) 
Alternativas alimentares (18/04/06)
Cultura da reutilização (11/04/06) 
Mudança de hábito (04/04/06) 
Desafios políticos (21/03/06) 
A terra e os conflitos (14/03/06) 
O Transporte e o Desperdício (08/03/06)
Cuidados com as nascentes       
 

Meio Ambiente e Música

A mais nova idéia do criativo mercado cultural da Bahia é agregar valor ambiental a eventos culturais. A Produtora Pé de Elefante, em parceria com a AMA – Amigos do Meio Ambiente e a RAMA – Rede de Articulação e Mobilização Ambiental, estão convidando algumas bandas com perfil sócio-ambiental, como a 20 Xote Um Galope, para levar a educação ambiental nos ambientes de promoção de shows.

Músicos como Juliano, estudante de biologia, um dos vocalistas da 20 Xote, o produtor da banda, Bernardo Souza, o produtor do evento, Adriano Sampaio, da Pé de Elefante Produções e a jornalista Liliana Peixinho, educadora ambiental, trabalham na difusão da idéia como agregadora de novas formas de comportamento como a da relação do indivíduo com o seu próprio lixo, seja através das bitucas de cigarro para serem jogadas nos lugares certos, seja para alertar sobre a necessidade de não se desperdiçar comida no próprio prato que come, seja com a água, enquanto toma banho, escova os dentes, lava ou carro, ou com o papel que amassa e joga fora, com a energia, deixando luzes acesas, entre outras ações que fazem parte do cotidiano.
Esses são os quatro produtos inicialmente escolhidos como prioritários para a divulgação da Campanha Desperdício Zero porque fazem parte do cotidiano e os mobilizadores da campanha acreditam que a divulgação de informações podem modificar maus costumes e levar a novas ações de prevenção e preservação do meio ambiente como o espaço de convivência diária de preservação da vida.

A campanha terá continuidade esta semana, durante o evento “THE BEST OF FORRÓGODE , sábado, a partir das 22 horas, com as bandas "20 Xote Um galope, "Os Camaradas", "Zé de Saia". O projeto integra ações de cidadania ambiental onde Bandas como a 20 Xote Um Galope divulgam a Campanha Desperdício Zero , onde a Coleta Seletiva do Lixo, a partir de cada residência, cada escola, cada local de trabalho, de convivência poderão dar um novo rumo para a Campanha do Lixo Zero. O público é mobilizado para ações de educação ambiental, durante o show e em outros ambientes, através da exposição itinerante “O Homem e o Meio Ambiente, onde o biodiverso, o degradado, a reciclagem criativa produtiva, o lixo, os catadores e diversos outros painéis enfocam os diversos ambientes do dia-a-dia das pessoas, seja nas trilhas de locais como as Chapadas do Brasil, Litoral Norte da Bahia, praias, barracas, shoppings centers, escolas, lugares que fazem parte do cotidiano dos cidadãos.

A nova parceria entre a Pé de Elefante Produções e a AMA – Amigos do Meio Ambiente, além de se constituir como um movimento de valorização da diversidade musical baiana, através da promoção de shows de bandas que como a 20 Xote Um Galope, cujo repertório diversificado e original, é temperado com dendê , devido à forte ligação com o afoxé e o samba-de-roda, caracteriza-se por uma pegada típica do forró nordestino do recôncavo baiano, fazendo releituras de composições reconhecidas da cultura interiorana.

E outras, com ritmos como Partido Alto, Pagode, Xaxado, Xote, Forró, Reggae, samba e outros, que, segundo Adriano Sampaio, promotor do evento, participam do projeto para agregar valor de educação ambiental ao trabalho musical das bandas, fortalecendo o trabalho social da produtora que de parceiros como a AMA e a RAMA - Rede de Articulação e Mobilização Ambiental. Além dos Shows o público tem acesso à  Exposição " O Homem o e Meio Ambiente",  composta de   painéis com fotos e textos jornalísticos. Todos os sábados a partir das 22:30h na boate THE BEST HALL (HOTEL SOL BAHIA ATLÂNTICO - PATAMARES. Mais informações ligue: 8865-2362-9071 ( Adriano ) – 9958-6899 ( Liliana ). 
topo
imprimir

Gasoduto e as reservas naturais

Que o problema do petróleo é sério e bola, abala, movimenta e rege grande parte da economia todos sabem. Que também cresce a consciência sobre a necessidade de substituição deste importante recurso natural por outras fontes de geração de energia também já se discute. No entanto, a preocupação imediata continua sendo a econômica, a da viabilidade e cumprimento de acordos, contratos, preços, a curtíssimos prazos. Ainda não se vê, porém, discussões aprofundadas sobre as conseqüências da falta de uma política séria para a proteção aos ambientes onde estão inseridas as grandes fontes de geração de energia, sejam as florestas, os rios, o ar, e a própria Terra, de onde tudo se tira.

Recebemos um email de colega Otus Choliba ( otuscholiba@yahoo ) membro da Reder Nacional de Amigos do Planeta onde mostra a sua preocupação, diante da entrevista dada pelo colega Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra- Amazônia Brasileira, ao Jornal Washington Post dizendo que os governos do Brasil, Venezuela e Argentina iniciaram esta semana a discussão sobre o projeto de construir um gigantesco gasoduto para levar a produção venezuelana a diversos países da América do Sul - atravessando a floresta amazônica brasileira. Segundo ele, a obra, de proporções gigantescas, tem como objetivo principal levar o gás venezuelano para o abastecimento energético de algumas capitais brasileiras e do parque industrial da Grande Buenos Aires.

O ambicioso projeto consiste na construção de um gasoduto cujo percurso inicia-se na Venezuela, continuando em direção à Manaus.  Da capital amazonense, um ramal se estenderia à região nordestina brasileira, enquanto o tronco principal se dirigiria às principais capitais do sudeste brasileiro - passando por Brasília - e chegaria finalmente à Grande Buenos Aires.Também se discute a extensão de ramais para o Paraguai e o Uruguai e a inclusão da Bolívia com fornecedora de gás para o sistema.  Não há definição em relação aos números exatos, mas, estima-se que o custo total ficaria entre 20 e 25 bilhões de dólares e a extensão seria algo em torno de 8.000 a 10.000 quilômetros.

Na entrevista, Roberto Smeraldi, afirmou ao Washington Post que se forem seguidas à risca as rigorosas leis ambientais brasileiras, o projeto pode custar o dobro do estimado, tornando-se inviável.  Smeraldi acredita que o gasoduto pode ser construído de forma a causar impactos ambientais reduzidos, “mas os custos se tornariam proibitivos”. Um encontro realizado em janeiro, em Brasília, ficou acertado que até o meio do ano, os três países teriam projetos para aprofundar a discussão.  Apesar do interesse dos presidentes sul-americanos - principalmente Hugo Chávez, que vem demonstrando grande entusiasmo com o projeto - há incerteza se a agenda será seguida à risca."O governo brasileiro não consegue realizar estudos semelhantes para gasodutos de 500 km após dez anos de discussão, e agora se propõe a fazer estudos aprofundados para um projeto de 10.000km em seis meses?", questiona Smeraldi em declaração ao diário norte-americano.

Ambientalistas alertam para o perigo que o projeto de construção do Gasoduto do Sul possa representar sobre patrimônios naturais como Parques Nacionais, Reservas Florestais e Terras indígenas, localizadas em áreas como a Amazônia norte e central. Que o governo Brasileiro, detentor, ainda, da maior biodiversidade do Planeta, não possa abrir mão dessa riqueza em nome de acordos financeiros a curto prazo.
topo
imprimir

Racionalizar, Reutilizar, Reciclar....

Ouço muita gente justificar que não faz a coleta seletiva do lixo em casa porque não adianta nada fazer isso e chegar na porta do prédio e o lixo se espalhar, com o vento, com a ação dos cães e outros bichos que futucam o lixo. Esse tipo de pensamento de expande para diversos ambientes onde se produz lixo.

 E nessa onda o lixo continua sendo um grave problema de saúde pública e de degradação dos nossos ambientes de convivência. A proposta do Pacto Doméstico para a coleta seletiva do Lixo, feita pela Ama – Amigos do Meio Ambiente, pretende levar às residências, às escolas, às instituições, de forma geral, informações que possam conscientizar os produtores do lixo como é simples, fácil e eficiente tomar a atitude de “ deixar de jogar qualquer coisa, em qualquer lugar, para jogar no lugar certo aquilo que realmente é preciso descartar, antes de ser reutilizado, no próprio ambiente onde ele foi usado. Um debate sobre essa questão foi aberto, esta semana, na Rede de Educomunicadores do Brasil com a necessidade de aprofundamento sobre implementação de planos de gerenciamento com estudos sobre a destinação final do lixo que seja mais adequada para as cidades e suas condições.

 O que não se aceita mais, diante de tantos valores agregados do lixo, é que continuemos com a cultura dos aterros, lixões e munturos nas beiras das estradas e cidades do interior ou das periferias dos grandes centros urbanos. Porque o gerador do lixo ainda não desenvolveu a política de recepção/retorno de embalagens ou de sub-produtos ou os chamados restos de um produtos não totalmente utilizados? Os educadores ambientais chamam a atenção para ” ..Não se ter "medo" do lixo…. sobre a necessidade de se mexer no lixo!

Agregar valor, tratar, dispor corretamente...porque existem dezenas de técnicas de tratamento (e não aterramento) que poderiam minimizar os impactos relativos à disposição do resíduo último no solo. As prefeituras ainda aplicam a política de contratrar uma empresa que tenha caminhões bonitos, bem plotados, com compactadores de não sei quantas mil toneladas para num tempo mínimo fazer a coleta dos sacos que ficam nas portas das empresas, residências, hospitais, e todos os usuários de produtos que deixam resíduos para serem dispensados em outros, lugares, que não o seu, de morar, de trabalhar, de se curar, etc. Os educadores falam sobre a necessidade de se discutir adequadamente os resíduos gerados pelos eventos, seja ele um almoço a dois, uma festa de confraternização, uma grande feira de artes, um big show musical, uma cirurgia numa pequena clínica ou uma passeata com muitas peças publicitárias de mobilização.

 O Problema dos resíduos sólidos é sério e segundo os educadores ainda não se trata adequadamente essa questão em lugar nenhum do Brasil, à exceção das empresas que detém a certificação da ISO 14.001, e apenas tão somente dentro de suas dependências, “e olhe lá!”. Qual seria a medida prá tudo isso? Há uma proposta de se ampliar a questão paras saber qual política nacional do tratamento adequado de resíduos. Isso é um assunto não governamental. Foi lembrado, por exemplo, que o Ministério do Meio Ambiente - MMA tem em seu site uma relação de empresas com endereço, telefone, e tal, de todas as empresas que trabalham com pilhas, que é tóxica, mas não existe um endereço nacional para onde devamos mandar outros resíduos. Nem na Federação das Indústrias de cada estado estas questões ainda foram amarradas.

A Confederação das Indústrias, que congregam todas elas, deve ser envolvida. O assunto que tem interface com todas as ciências e cabe ao MMA convencer a Confederação a elaboração de propostas sustentáveis empresarialmente, para absorver as demandas inaceitáveis de tratamento de lixo. Em qualquer capital brasileira, é uma questão difícil de tratar, até mesmo em Curitiba, pioneira na coleta seletiva, as questões não estão resolvidas. Chegará o dia que estaremos separando vidro verde, vidro preto, vidro azul, sapatos, roupas, cada um em seu conteineirs específicos, fechados, com endereço de destinação certa, não para um lixão ou aterro, mas para o incremento de projetos sociais que valorizam a cultura dos vários RRRR, para racionalizar, reutilizar, reciclar, reequilibrar, revigorar, reviver e por aí vai. Amém para Mãe Terra. 
topo
imprimir

No comments: