Tuesday, September 23, 2014

Consumo Sustentável até Resistência e Fé - Artigos antigos


Consumo sustentável

Começa a ser difundido, principalmente nos países europeus, algumas
campanhas para o consumo consciente, cuja política de produção da cadeia que alimenta o mercado, leve em consideração ações de responsabilidade social com a preservação da grande matriz energética chamada Natureza.

Os teóricos do capitalismo americano criticam o atual modelo de consumo
desenfreado, irracional, que alimentador da concentração de renda mundial, onde poucos, menos que 20 vinte por cento da população mundial, tem muito, tudo: iates, aviões, mansões e contas gordas, e, por outro lado, muitíssimos outros, cerca de 80 por cento da população total do planeta, a exemeplo da maioria dos brasileiros, que vive sem perspectivas, na dor, na exclusão, na falta de tudo, menos fé e esperança, sentimentos típicos do desespero.
É inadmissível saber que uma família brasileira, que tenta sobreviver com um salário mínimo possa desenvolver a prática consumista de comprar um jeans ou um tênis de marca, caro, além das possibilidades reais de compra porque a TV ou os colegas do bairro, da escola ou da vizinhança, incutiram isso em suas cabeças.
A filosofia dos índios, por exemplo, que faz parte das nossas origens, mas
que não são valorizadas como cultura atual, é de práticas sustentáveis,
porque o índio só tira da terra aquilo que ele realmente necessita para
sobreviver e está sempre cuidando, repondo, preservando o ambiente que ele saber ser importante para garantia de vida do seu povo.
A emissão de selos ou certidões para produtos sustentáveis deveria ser uma política forte entre os órgãos de defesa do consumidor, das Ongs e das áreas de Educação. Se, ao invés de estimularmos as campanhas de adesão ao consumismo desenfreado, irracional, desenvolvido pelos shoppings centers, em épocas como natal, Dia das Mães, das Crianças, dos Pais, etc, para alimentar uma Economia fútil e perversa, começássemos a mostrar , a divulgar, a necessidade do consumo racional e cidadão, poderíamos, quem sabe, garantir a existência , a preservação da vida, nesse já tão degradado Planeta Terra.
Amém.


Projetos e recursos

Um crescimento da ordem de 6,23 por cento na taxa de desmatamento do pulmão do planeta, a Amazônia, com índices de 26.130 km2; ocupação humana desenfreada, com diminuição significativa da Área de Transição; Mudanças de Paisagens do Cerrado, causando desequilíbrios nos ecossistemas; entre outros, são preocupações de instituições lucrativas, como o HSBC, que recentemente divulgou um aporte de R$ 350 mil reais para distribuição em projetos de R$50 mil para instituições que trabalhem com ações nessas áreas.

A exemplo do HSBC são muitas as instituições que destinam recursos para a área de meio ambiente e são muitas também as Ongs ou iniciativas da Sociedade Civil que têm dificuldades burocráticas de acessar esses recursos para dar continuidades a trabalhos sérios, realizados apenas com o esforço cotidiano de pessoas que têm o compromisso com os projetos e as comunidades onde se inserem. É inacreditável como esse tipo de recurso acaba indo parar nas mãos de instituições que já nem precisam tanto quanto outras que ainda não têm o marketing verde para credibilizar os aportes financeiros.

Essa semana ouvir de um amigo jornalista inglês que instituições como Greenpeace tem tanto recurso para gastar e não tem projetos suficientes para aplicar ou simplesmente não aplicam tudo porque os doadores poderiam não mais doar se tivessem a transparência da disponibilidade real de caixa. Eu, que milito na área há muito tempo e não recebo doações de ninguém pedi à minha gerente do Bradesco que por favor, suspenda a minha doação que venho fazendo há anos, de R$ 12 mensal, em débito em conta, do greenpeace, porque existem instituições realmente que precisam mais e dão muito mais retorno.

Segundo informações repassadas pela REBEA o HSBC Brasil irá investir os R$ 350 mil em “projetos que promovam boas práticas ambientais aliadas a um desenvolvimento sustentável e que busquem o bem-estar e o progresso das comunidades onde serão aplicados”. Para tanto está lançando a sua primeira Seleção de Projetos Ambientais dirigida a organismos governamentais (por meio de suas Fundações), não governamentais e comunitários, legalmente constituídos no país, sem finalidades lucrativas, e que atuem no Terceiro Setor brasileiro.
A iniciativa, segundo eles, objetiva priorizar ações que visem o estudo de impacto e/ou redução de risco ambiental e fomente a sustentabilidade dos ecossistemas brasileiros.


Plantão pela Revitalização do Velho Chico

Resistência e fé na Fazendo Bela Vista, um registro histórico, em Cabrobó, realizado durante os 11 dias de greve de fome do Frei Luis Cappio, em defesa da revitalização do Rio São Francisco. È esse o tema da exposição fotográfica e de textos que a AMA – Amigos do Meio Ambiente estará realizando em diversas cidades ribeirinhas do Velho Chico.
 São cinqüenta painéis, divididos em temas como “A Ilha São Sebastião”, território de resistência dos Índios Truká; a fé e a força da família de Dona Isaura e Seu Lídio; A poeira e o rio; a seca e a agua; a alegria e a tristeza; a dor e o prazer; a fé na Igreja de São Sebastião; o bispo e o povo; a política e a miséria; o não e o sim; a transposição e a revitalização; as articulações; o poder; as costuras; o acordo, o desacordo; a paz e a guerra; a fartura e a falta; o sentimento de fé; a farsa eleitoreira; os interesses políticos; e dezenas de outros temas que circundaram os diversos interesses do momento histórico de Cabrobó, entre 26 de Setembro de 07 de outubro. Para outras profissionais até depois desse período, como os cineastas Wallace e Marcelo, da Vogal, e os ambientalistas da AMA.

No dia 20 de janeiro de 2006, o casal que recepcionou o frei Dom Luis Cappio, estará realizando a Missa na Capela São Sebastião, numa grande festa na Fazenda Bela Vista, em Cabrobó, Pernambuco. A idéia é levar para o local a exposição de diversos filmes que foram rodados no local, a exemplo da iniciativa dos vídeos makers, Wallace e Marcelo, da Vogal, que trabalham no processo de edição do vasto material colhido durante o período e o pós período da greve de fome de Dom Luis, que avançou mundo afora.

O recurso água é a grande estrela dos trabalhos. A sua relação com a vida, em cada momento do cotidiano das pessoas, sejam índios, ribeirinhos, pequenos, médios e grandes agricultores, estão no olhar atento, sensível e preocupado dos profissionais que dormiram com ratos e baratas do lado, comendo poeira, literalmente, tomando água barrenta, suja dos sedentos banhos da garotada que quer se divertir, se banhar e aprende a construir, devagarinho, o valor da preservação, do cuidado, somados à presença impar e guerreira do povo truká, sua vizinhança e parentescos.

Paralelamente à exposição fotográfica a AMA pretende levar informações que linkem com as fotos para reforçar a proposta de revitalização urgente do Velho Chico. Palestras, oficinas, mesas-redondas, bate-papos, mutirões de limpeza, construção do site “guardiões dos rios” , entre diversas outras ações fazem parte do projeto “ Por um Rio Mais Limpo”, coordenado pela AMA e aberto à construção de parcerias com pessoas ou instituições que realmente estejam no “Plantão pela Revitalização do Rios”. Cidades como Juazeiro, Petrolina, Cabrobó, Barreiras, Barra, Xique-Xique e centenas de outras, estão na agenda da AMA para o contato com as comunidades ribeirinhas em defesa do Velho Chico.


Coletivos de educadores e recursos

Muitas pessoas vem trabalhando, sem recursos, isoladas, sem apoio, gastando o que não têm, se dando de forma inteira, deixando família, trabalho e outros projetos, em nome da defesa do meio ambiente, de forma purta, bem intencionada e verdadeiramente suada. As ações de educação ambiental em comunidades tem crescido muito, nos últimos anos. O voluntariado nessa área tem sido estimulante para a continuidade de trabalhos que trazem bons resultados, como a mudança de comportamento simples, como jogar ou não jogar pontas de cigarros, papel de balas, chicletes e outras embalagens, no chão. Talvez, quem sabe, quem dera, pensando nisso e para compensar essas atitudes estão abertas inscrições para um edital de formação de coletivos de educadores ambientais.

De forma abertaa, em rede e com o intuito nobre de juntar pessoas e projetos rumo a um coletivo de educação ambiental em todo o país, o Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), vai liberar R$ 2,9 milhões para financiamento de projetos para estruturação e fortalecimento de Coletivos de Educadores para Territórios Sustentáveis. As propostas devem ser entregues no protocolo do FNMA ou enviadas pelo correio até o dia quatro de novembro. A data limite para recebimento das correspondências é nove de novembro.

Podem se candidatar ao financiamento, instituições do campo sócio-ambiental que desenvolvem processos formativos em Educação Ambiental, Educação Popular e Mobilização Social e prefeituras de municípios com população entre 30 mil e 250 mil habitantes. As prefeituras com número de habitantes inferior ao estabelecido pelo edital também poderão concorrer por meio de consórcio com outros municípios. Conforme informações de Marcos Sorrentino, diretor de Educação Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, o Edital é um importante instrumento de materialização da política pública de educação ambiental que o Órgão Gestor está implantando no país.

Sorrentino destaca, em texto circulando na Rebea – Rede Brasileira de Educadores Ambientais, que o empoderamento das iniciativas locais de educação ambiental passa pelo estímulo ao diálogo entre ações pulverizadas de boa qualidade, porém muitas vezes de baixo impacto ambiental. Para promover um diálogo entre o governo federal e os possíveis proponentes, foi realizada uma reunião virtual sobre o Edital 5/2005, dia 21 de outubro. Os interessados já podem entrar no site http://adi.proinfo.mec.gov.br e acessar a pagina da 2a Oficina do Edital para constituição de Coletivos Educadores, que está recebendo perguntas prévias.


O balanço da Terra

O mundo está em balanço. Com esta frase dona Isaura, índia Truká, lá da Ilha da Assunção, em Cabrobó, fez uma síntese da sua observação sobre o Planeta. Dona Isaura não sabe nem assinar o nome, mas tem uma sabedoria que bem poderia ser partilhada mundo afora, principalmente com aquele que acham que são os donos do mundo, da verdade, dos destinos do povo, do poder. Dona Isaura mora numa pequena casa, onde ao fundo ainda tem o Rio São Francisco, agonizando, mas resistindo. Ela participou, mais ativa ou tanto quanto o Frei Dom Luiz Cappio, do movimento em defesa da revitalização do Velho Chico. 
Às águas boas estão sumindo, o calor está aumentando, as pessoas ainda estão morrendo de fome, sede e doenças que bem já não poderiam estar entre nós, diante dos avanços da ciência em benefício da qualidade de vida no planeta. Mas, com disse dona Isaura, o mundo está em balanço e um balanço não harmonioso, revoltoso, perigoso, violento, como se estivesse dando respostas a tanta insensibilidade.

Conforme informações de estudiosos da meteorologia a t emperatura da Terra é a mais quente dos últimos dois mil anos e dados de sete mil estações meteorológicas instaladas em diversas partes do planeta indicam agravamento dramático do efeito estufa. Segundo os estudos da NASA há previsão de um calor recorde ainda em neste ano de 2005. Nos últimos cem anos houve um aumento de 0,7 graus em todo globo terrestre e na última década foram registrados três recordes históricos de ano mais quente. O que está acontecendo é muito preocupante , mas, apesar dos cientistas associarem esses fenômenos à ação humana, diante do desequilíbrio entre o que se necessita consumir e o que se tira da terra e se consome em demasia, a Economia, a Política e os defensores do capitalismo parecem ignorar o futuro e se mostram, cada dia mais, absortos em atender demandas imediatas.

Alguns ambientalistas brasileiros começaram a desenhar, recentemente, via rede de educomunicação, um grande movimento nacional contra a política perversa do Governo Lula, diante da insensibilidade e falta de compromisso com questões ambientais vitais como a água, as florestas e o ar. As toneladas de gases que sobem céu acima, todos os dias, nos diversos cantos do Planeta ainda não tiveram seus efeitos perceptíveis aos insensíveis olhos, e pulmões de humanos que mais parecem máquinas que gente. 
Está provada a necessidade de mudança de comportamentos que possam reverter esses efeitos. Como disse um climatologista: "Os gases estão ligados à maneira moderna de viver. Dá para reduzir o aquecimento, mas é preciso cortes profundos de cerca de 60% da emissão de gases para estancar o problema". O reflorestamento é uma maneira efetiva de reduzir o efeito estufa, mas produz resultado pequeno e funciona apenas como um paliativo. O desmatamento e as queimadas das florestas tropicais são responsáveis por 20% das emissões em relação à queima de combustíveis fósseis.

Até quando vamos ficar inertes, aceitando tudo o que acontece lá fora achando que seremos inatingíveis? Precisamos olhar o nosso planeta como nossa casa, perto e necessária para a nossa sobrevivência com qualidade de vida.Amém.


Repor é o lema, transpor é o problema

Robson, da tribo Tumbalalá, assim como Roberto, Socorro, Wanderlino, dona Dete irmã de dona Isaura, mulher de seu Lídio, índios que contribuíram para o não à transposição das águas do Velho Chico, eles, todos eles, usam adubos químicos nas suas pequenas plantações à beira do rio. Robson diz que usa porque o seu vizinho também usa e se ele não usar a praga se espalha por toda a sua lavoura. Alternativas para uma agricultura familiar orgânica devem estar contidas nas propostas do Movimento “Revitalização sim, transposição não” para a sustentabilidade alimentar dos ribeirinhos.

Engana-se quem pensa que o Rio São Francisco tem muita água e água de qualidade para a garantia de vidas. Os índios ribeirinhos das tribos que apoiaram a greve de fome do Frei Luis Cappio são um exemplo mais próximo dos problemas de saúde que têm em função das conseqüências geradas pelo mal uso das águas; seja através de barragens, do uso para a agroindústria em larga escala para garantir a pauta de exportação brasileira e dar bons indicadores econômicos para o governo Lula; seja para beber, cozinhar, ou seja lá mesmo para até, somente, tomar banho e lavar pratos.
 As águas do rio São Francisco, como o seu povo, carece de muito cuidado, cuidados pequenos, em cada lugar onde elas são usados, seja no fundo de uma roça de um índio ribeirinho, seja para a geração de energia para estados do Nordeste, seja para encher o pote de dona Isaura e sua grande e sedenta família. A Terra já está cansada de tanta exploração. Como ser vivo responsável por todos as nossas vidas o “planeta água” está avisando sobre os seus limites.

A insensatez e insensibilidade dos governantes para um olhar mais cuidadoso sobre os nossos recursos naturais, como a água, vem matando muita gente nesse vicioso ciclo do consumo imposto por um sistema econômico baseado na exploração da matriz energética sem dar as devidas contrapartidas de conservação. O Rio São Francisco não agüenta mais tanto esgoto, tanto plástico, produtos químicos, lixo e a irresponsabilidade de usuários inconscientes sobre a importância da água como garantia de vida.

O exemplo de resistência e fé que vivemos durante 11 dias, na Capela de São Sebastião, na Fazenda Bela Vista, em Cabrobó, Pernambuco, não pode ser ignorado para ser repetido e escandalizado como o foi, em todo o mundo, a semana passada, porque como disse o ambientalista, Thiago Porto, morador da localidade de Tanquinho, representante da região Setentrional da Chapada Diamantina no grande fato histórico contra a Transposição: “ Repor é o lema, transpor é o problema”. 
Ele não entende porque depois de tantos anos de discussão o governo ainda quer tempo para fazer a população engolir um projeto que todos já sabem: continuarão beneficiando somente os grandes produtores e não os pequenos agricultores da caatinga. Porque os índios e ribeirinhos, de forma geral, sabem o valor do rio, sabem o que já perderam, citando, por exemplo, um a um, os nomes de peixes que hoje já não se pesca, o nome de bichos que já desapareceram, de árvores que foram derrubadas, enfraquecendo a diversidade da caatinga e toda uma riqueza natural que lhes garantia um equilíbrio entre suas necessidades e o que a natureza podia lhe oferecer sem reclamar.

Os índios trukas, tumbalalas e as populações ribeirinhas, apoiando por ambientalistas, jornalistas, escritores, poetas, músicos, cineastas, atores e populações organizadas pela Igreja ou pelos movimentos sociais, estão de plantão para acompanhar o compromisso do presidente Lula em não realizar a transposição antes da revitalização. Que os R$ 350 milhões por ano, durante 20 anos, anunciados pela equipe do governo para as obras de recuperação, saneamento e outras obras para a revitalização das águas do rio possam, realmente, serem aplicadas e de forma correta, séria e honrada, como é o povo que pudemos conhecer de perto, durante, vários dias. Amém.


Resistência e fé na Capela São Sebastião

Independentemente do resultado do posicionamento público do presidente Lula, o movimento de protesto contra o Projeto de Transposição do Rio São Francisco, desencadeado pelo frei dom Luis Cappio, bispo da Diocese de Barra, Bahia, em greve de fome desde o dia 26 de setembro, balançou a sociedade brasileira e mundial sobre a importância das águas do Rio São Francisco para o povo, principalmente para as comunidades pobres, ribeirinhas. 
O exemplo de fé, coragem e doação de dom Luis teve amparo na Fazenda Bela Vista, de propriedade da família de seu Lídio e dona Isaura. A Capela de São Sebastião, construída tijolo por tijolo, por cada um dos irmãos, filhos, netos, cunhados e amigos desse casal guerreiro e de fé inabalável, abrigou um homem de coração e mente tão fortes que faz despertar a curiosidade das ciências biológicas para uma resistência inexplicável.

As caravanas, procissões, romarias, com mães e suas crianças no colo, senhoras e senhores idosos e doentes, com problemas sérios de locomoção, usando bastões, cadeiras de rodas, ou apoiando-se nos ombros dos mais fortes, além de políticos dos mais diversos partidos e estados brasileiros, artistas, ambientalistas, jornalistas, jovens e religiosos, católicos ou não, chegam, a todo o momento, para prestar solidariedade ao gesto corajoso de dom Luis, fortalecendo ainda mais sua luta e fé na preservação do Velho Chico, como patrimônio rico e diverso, mas cansado, explorado e usado pelos ricos para se enriquecerem ainda mais.

Dom Luis é um homem com espírito e alma impar. A carta do deputado federal Edson Duarte- PV, dirigida ao presidente Lula e encaminhada aos quatro cantos do mundo, através do Greenpeace, da AMA- Amigos do Meio Ambiente, e outras Ongs ambientais e lida, pessoalmente, aos pés de dom Luis, na sexta-feira passada, fez o santo homem chorar, como há muito não fazia, segundo os seus familiares. Que as lágrimas de dom Luis não sejam em vão e que possam, definitiva e urgentemente, enquanto ele ainda resiste, tocar o coração de um homem que hoje, dia de São Francisco, dia do aniversário do rio e dia do aniversário de dom Luis, passou a ser o único responsável pela continuidade de sua vida ou pela sua morte em nome do rio e do povo.

“Caro Lula, eu entendo sua dificuldade humana e política de, agora, desfazer compromissos e promessas, mudar de rumo. A gente sabe que a política é uma máquina cruel e poderosa, na maioria das vezes, mais poderosa que a gente. Ela costuma decidir por nós. E quanto maior o cargo, o poder, mais difícil é rever o rumo, mas, em nome de tudo que lhe é mais sagrado, de mais humano, peço, faça alguma coisa. Não permita que morra esse homem tão bom, este sertanejo por opção.” O destaque da carta do deputado Edson Duarte, homem e parlamentar que conhece bem dom Luis, sua luta e também o sofrimento do povo ribeirinho, é um alerta, sr presidente, para que o sr não deixe que seu povo, nordestino como o senhor, perca o orgulho que um dia eles tiveram ao colocá-lo como representante maior pela defesa e luta de seus direitos. Na presidência de um país cuja esperança de construção de uma nação mais justa, equilibrada, sustentável e de muito amor pelo outro, o irmão, sofredor e lutador o senhor poderia salvar o seu tão desgastado PT to, aceitando esse presente dado por um homem que votou e fez campanha para o sr.

A lentidão da sua resposta aos anseios do povo como a Revitalização Sim e Transposição Não, está levando o seu governo a problemas que poderão ser mais difíceis de solução do que a revitalização urgente do Velho Chico. É inconcebível, irracional e insensato deixar a indignação multiplicar-se velozmente, nas cabeças desse povo guerreiro, que é o nordestino., e que não pára de sair dos mais diversos lugares para vir dar o seu apoio aqui, em Cabrobó, local escolhido pelo sr para dar a arrancada inicial do projeto de transposição. O Povo espera urgente este presente para hoje, um grande e simbólico dia para o sr dizer não à transposição.Amém.

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